Divina de fátima dos Santos

Doutora em Psicologia Clínica

Afetividades – Projeto “Bem me quer” Terapia de grupo – Mandala

No dia 12/09, dando continuidade na parceria desenvolvida com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE, escola de Educação Especial de Caraguatatuba, em relação ao Projeto “Bem me quer” Terapia de grupo – Mandala, coordenado pela Prof.ª Ms. Sandra de Fátima F. Santos (arte-educadora) e pela Dra. Divina de Fátima Santos (psicóloga) ambas do Centro universitário Módulo, o encontro ficou sob a orientação da Dra. Divina, que trabalhou com os participantes a técnica da Mandala, um recurso utilizado em práticas psicoterapêuticas, na perspectiva da Gestalt-terapia.

A Gestalt-terapia é uma abordagem psicoterapêutica que surgiu da inter-relação de várias escolas e correntes filosóficas, metodológicas e terapêuticas, como a fenomenologia, o existencialismo, a teoria de campo, a psicologia organísmica (Este movimento defendia uma nova espécie de análise da experiência consciente) a psicologia da Gestalt, a psicanálise, as filosofias orientais e a corrente humanista.

A Dra. Divina, iniciou o encontro com um aquecimento inespecífico, utilizando alguns objetos redondos / circular, passado de mão em mão. E o questionado foi:qual a razão para o uso de tais objetos?

A estrutura circular está presente na vida dos indivíduos desde a fase embrionária, já que os sujeitos se constituem a partir de uma célula-ovo, com forma circular, em um ambiente materno, o útero que acolhe o embrião, também neste mesmo formato. Além disso, a referência de planeta que todo indivíduo habita é circular e o círculo expressa a totalidade que os compõem (FREITAS, 2007).

“Objetos redondos e circulares”

Como um corpo circular (redondo), os gestos mais elementares da vida são as formações circulares e por eles fazemos inúmeros eventos. Usamos esses formatos para celebrar rituais sagrados, cantigas de roda, danças entre outras formações. Na natureza, o maior astro ao alcance de nossos olhos no céu é o Sol, depois a Lua. Já no corpo humano, a forma arredondada mais evidente são nossos olhos, que são as janelas para a alma, e assim necessitamos conhecer melhor o mundo que nos cerca, nossa alma, para desse modo nos aproximarmos de outras almas.

Há outras formas redondas na natureza tais como: bola, roda, balão, peneira, entre outras. A cada palavra, fazemos uma rodada com o corpo em torno de si.

A mandala é originalmente, um círculo que contém em seu interior desenhos de formas geométricas, figuras humanas e cores variadas.

São encontradas em religiões como o budismo e o hinduísmo, bem como na cultura de tribos indígenas norte-americanas como os Sioux. A palavra mandala significa círculo, em sânscrito e é considerada como um símbolo de cura e espiritualidade. Para os hinduístas e budistas, a mandala ajuda na concentração da prática meditativa e é comum encontrá-la nos templos dessas religiões. A psicologia e os estudos de JUNG, utilizam a atividade com a mandala par para auxiliar as pessoas na sua relação com o seu interior e assim encontrar a PAZ na alma.

As mandalas estão presentes nas mais remotas culturas e em diferentes continentes, consistindo em estruturas ou imagens circulares, cujo nome advém do sânscrito e significa centro, circunferência ou “círculo mágico” (JUNG, 2011b).

Nos registros da história da humanidade, esta estrutura aparece como o símbolo universal e essencial da harmonia, integração e transformação, representando, também, o potencial criativo do indivíduo, em suas expressões e comunicações (CATARINA, 2009).

Referências:

CATARINA, M. S. Mandala: O Uso na Arteterapia. Rio de Janeiro: WAK, 2009.

FREITAS, R: Mandala – Forma de autoconhecimento na arteterapia. (Monografia de Especialização em Arteterapia). Faculdade de Integração Zona Oeste, Uberlândia, Minas Gerais, 2007.

Psicóloga Divina

Doutora em Psicologia Clínica

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