As atividades de natureza Intergeracionais têm ganhado cada vez mais protagonismo durante as últimas décadas. A busca pela resolução de conflitos ou mesmo aproximação entre jovens e pessoas idosas, tem colaborado muito para a intensificação das relações Intergeracionais. O distanciamento entre gerações deriva, dentre outros fatores, da perda de sinergia comunitária em nosso arranjo social contemporâneo. Por esse motivo, iniciativas de programas Intergeracionais são de extrema importância para atenuar esse distanciamento entre pessoas e combater preconceitos e discriminações.
A renovação de estruturas sociais e econômicas está diretamente ligada ao restabelecimento de melhores condições de convívio entre diferentes gerações seja dentro ou fora do contexto familiar. Tais transformações precisam, no entanto, passar pelo processo educacional das novas gerações, percorrendo todas as etapas pedagógicas, desde a primeira educação, até a formação adquirida nos anos mais avançados.
Ainda que as relações entre avós e netos sejam frequentemente subvertidas pelo mercado em consumo, por meio de propagandas que fazem uso do tema para vender toda sorte de produtos, é notório também, o fato que tanto a pessoa idosa quanto a criança e adolescente têm seus direitos frequentemente negligenciados, tornando as iniciativas Intergeracionais, um importante meio pelo qual se busca equidade e justiça nas relações sociais.
Por essa razão, a aproximação entre gerações distintas se faz muito importe, principalmente se levando em conta todo o contexto social atual. A pesquisa realizada pela Doutora Divina e relatada no livro Intergeracionalidade: Cartas Na Mesa se mostra, portanto, providencial para que se possam vislumbrar meios que atenuam o distanciamento entre gerações.
Quando a diferença está no escopo da pesquisa, é necessário que se encontrem pontos pacíficos onde as partes busquem aspectos onde se identificam umas com as outras, tornando essa diferença cada vez menor e derrubando barreiras entre os diferentes, estimulando a aceitação e aproximação durante um contínuo processo de aprendizado.
O meio utilizado pela Doutora Divina para encontrar esses pontos pacíficos, foi a troca de cartas entre crianças e idosos. Essa atividade envolvia a elaboração de correspondências com o auxilio de profissionais pedagógicos, tornando essa experiência tanto nostálgica para os idosos, quanto intrigante para as crianças, solidificando o papel da educação na formação das novas gerações e criando novas perspectivas para o processo de envelhecimento.