Divina de fátima dos Santos

Doutora em Psicologia Clínica

Manual da Longevidade - Guia para a Melhoria da Qualidade de Vida os Idosos

Manual da Longevidade - Guia para a Melhoria da Qualidade de Vida dos Idosos

O livro aborda aspectos do envelhecimento focando nas perspectivas trazidas por tal processo. Para isso, a obra conta com a participação de especialistas que apresentam estudos e reflexões sobre identidade, lazer, cultura, saúde entre outros assuntos que se relacionam às pessoas idosas. O tema do envelhecimento ainda carrega diversas questões sobre mudanças, qualidade de vida e sobre a compreensão de modo geral sobre essa importante tapa da vida.

Avôs e Netos na Contemporaneidade

Por Divina de Fátima dos Santos e Jucileide do Socorro Tavares Maciel

Numa sociedade marcada pela pluralidade, por culturas diferenciadas, por valores cada vez mais pessoais, pensar na família enquanto referência, tem se mostrado muito difícil, na medida em que se observa um novo contexto social que, segundo Wagner (2011), é marcado por um novo panorama que assinala a necessidade de tratar de “famílias” no plural, descartando a singularidade.

Partindo desse pressuposto, é importante considerar o pluralismo contextual, as regras sociais e as atitudes, bem como a evolução da sociedade (aumento da oferta de trabalho, avanço da tecnologia e processo de globalização). Isto por sua vez tem implicado em novas demandas sociais (incremento da competitividade, aumento do desemprego estrutural e precariedade populacional).

O futuro da organização familiar é colocado em discussão, haja vista, que vários são os modelos ora instalados, o que resulta em mudanças paradigmáticas. Repensar a questão identitária da família, suscita refletir também sobre os valores e padrões, tarefa considerada difícil, na medida em que, segundo Wagner (2011), as famílias conjugais, monoparentais, de 2º casamento, homoafetivas, entre outras, funcionam direcionadas às suas respectivas composições.

Pensar em modelos de família significa a priori compreendê-los como um sistema que se caracteriza por grupos de pessoas com especificidades e com papéis próprios. Portanto, este sistema independente do modelo é formado por membros que ora se aproximam e ora se distanciam. Estes membros estabelecem acordos e regras, mas às vezes apresentam dificuldades em manter a demarcação das fronteiras que caracterizam as relações sociais.

No âmbito das discussões e dos papeis relacionados à família, é fundamental refletir sobre o papel dos avós nessa sociedade marcada pela heterogeneidade. Segundo Leite (2002), crianças e velhos são sujeitos não reconhecíveis pela sociedade. Os velhos “porque já foram e as crianças porque ainda não são” (FERRIGNO, 2003). Observa-se nesse contexto uma discriminação concreta, como se a eles o presente não pertencesse. Na tentativa de se manter no contexto dessas tensões, avós e netos procuram insistentemente realizar ações que contestem o quadro supracitado. Segundo os autores, estes sujeitos são mediatizados pela cultura num trabalho de criação, recriação, produção e reprodução; por outro lado, contraditoriamente são descartados como se não fizessem parte dessa mesma cultura.

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Psicóloga Divina

Doutora em Psicologia Clínica

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